Policial Militar é preso suspeito de negociar o assassinato de MC Poze por R$ 300 mil
Policial Militar suspeito de negociar a morte do cantor MC Poze por R$300 mil, foi preso na manhã desta terça-feira (8), durante operação da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF).
Além disso, o Policial Militar é apontado como chefe de um grupo que tem ligações com milicianos e traficantes.
Durante operação foram presos dois Policiais Militares, enquanto outros três e um guarda municipal estão foragidos. Segundo informações do G1, em um dos áudios obtidos pelos investigadores, o PM revela a encomenda feita pelo miliciano Ecko do assassinato de Mc Poze.
GRAVAÇÕES
“Tô de serviço hoje, vou pegar a viatura e vou ficar em volta da Nova Holanda. O que tiver saindo aí, de bom, inclusive o Poze, tu me dá ideia e vê por onde ele vai sair, como ele vai sair. O que pegar tu vai entrar na divisão, pô, pra gente colocar uma prata no bolso, o que tu acha? Só o Poze, ele vale 300 mil no Ecko”, diz o PM no áudio.
ÁUDIOS
Em outro áudio, o Policial Militar fala sobre uma plano de um roubou milionário e explica como seria feita a divisão dos valores. “Vamos dar o bote amanhã na casa. Eu, você e o Vacão. Três cabeças, 900 mil, 300 mil pra cada um. Cada um vai tirar 70 mil e dar pra Carla, com a Cris e a Loira. Cada um vai ficar com 230 mil”, diz o policial no áudio obtido pelos investigadores.
Policial militar é apontado como chefe de grupo que se associou a traficantes e milicianos para cometer crimes diversos, incluindo roubos milionários.
Segundo o Delegado Moisés Santana, Delegado titular da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense, conta que a operação policial foi batizada de Total Flex, e que o nome se deve ao fato do grupo ter associação com milicianos e traficantes.
IDENTIDADE
O Policial Militar foi identificado como Igor Ramalho Martins. Áudios obtidos pelos investigadores revelaram que ele tinha ligações com o miliciano mais procurado do Estado, Wellington da Silva Braga, o Ecko, e ao mesmo tempo se associava a traficantes como Edgar Alves de Andrade, conhecido como Doca.
Em um dos áudios, o Policial Militar Igor Martins revela a encomenda feito por Ecko do assassinato do MC Poze por R$ 300 mil.
“Os criminosos, literalmente, passeavam pelo código penal praticando diversos tipos de modalidades criminosas, violentas, e nos chamou a atenção a associação [do grupo criminoso] tanto ao tráfico quanto a milicianos, tanto da Zona Oeste quanto de Jacarepaguá”, disse o delegado.”
“Esse grupo atuava de forma muito violenta. A gente notou isso através das investigações e o que mais nos chamou a atenção foi o fato deles praticarem esse tipo de atividade [com o apoio] de moradores locais que trabalhavam para eles, integrantes da organização criminosa, identificavam pessoas que haviam recebido uma grande quantidade de dinheiro em determinada circunstância e eles planejavam a execução desse roubo”, enfatiza Moisés.
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Fonte: G1/Varela Notícias