Ney Lima, humorista baiano é cotado para o Big Brother Brasil 21, diz colunista
Ney Lima no Big Brother! Será? Assim como na edição anterior, o reality Big Brother Brasil, da rede Globo, terá personalidades famosas em sua próxima edição em 2021. Segundo informações da colunista Fábia Oliveira, a produção promete misturar anônimos e famosos dentro da casa.
A COLUNA
De acordo com a coluna, os produtores já deram início as negociações com algumas celebridades da internet. Entre eles, está o humorista Ney Lima, morador do município baiano, Serrinha. O blogueiro acumula mais de 3,5 milhões de seguidores em seu perfil no Instagram.
Além disso, o baiano é um dos idealizadores do primeiro reality gay do Brasil, “Um Crush em Milagres”, ao lado do influencer Melquiades. Ainda segundo a jornalista, os famosos Alex Mapeli, Kéfera, Gracyanne Barbosa, Mayra Cardi, Daniel Saboya e Gabriela Pugliesi também lideram a lista dos possíveis candidatos.
QUEM É NEY LIMA
Nascido em Serrinha, interior da Bahia, Ney foi criado somente pela mãe, Maria de Lourdes Cerqueira, hoje com 52 anos. Até bem pouco tempo, antes do sucesso de Ney nas redes, Maria fazia faxina em casas de família para conseguir sobreviver na roça. A casa, de chão de terra batida e sem banheiro, vai receber agora uma grande reforma – doação feita por dois seguidores.
Embora Ney viva na mesma cidade que o pai, o contato entre eles é raro. “Quando ele saiu de casa, eu tinha 10 anos. No início me visitava com frequência, mas com o passar dos anos nos perdemos. Depois de mim, ele teve outros 12 filhos, mas também não tenho contato com nenhum deles. Quando a gente se cruza pela rua até se cumprimenta, mas a verdade é que somos todos estranhos”.
ORFÃO
A orfandade de pai e a batalha solitária da mãe permitiram com que Ney estudasse até o Ensino Médio. “Depois precisei trabalhar e comecei como catador de reciclados. É isso o que muita gente aqui da cidade acaba fazendo. Eu trabalhava durante o dia e também a noite porque só assim dava pra recolher material suficiente para ganhar algum dinheiro”. Mas apesar das dificuldades, Ney garante ter sido “muito feliz no lixão, de verdade”.
Foram dois anos como catador de reciclados, até ir embalar compras num supermercado. Depois foi capinar lote, mas não levava jeito. Tentou a sorte em Curitiba, onde ficou três meses como balconista e voltou para o sertão. “Daqui não saio mais, não”.
A BATALHA
Voltou para ser empregado doméstico em um sítio. Eram mais de 10 horas de trabalho diário para um salário de R$ 400,00 mensais. “Eu levantava às 3h30 para embalar leite, depois arrumava o quintal, cozinhava, lavava, passava. Até o carro deles eu lavava. O sítio era bem perto da minha casa, mesmo fiquei seis meses sem ver minha mãe. Esse sim, foi um tempo muito difícil”, recorda.
OS VÍDEOS
E foi lá, que nos intervalos entre uma tarefa e outra, que Ney Lima começou a fazer vídeos e fotos mostrando seu dia a dia no sertão. Os posts feitos entre vacas, cachorros, galinhas e caminhões que levantam poeira nas estradas de terra ganharam simpatia e seguidores. Rir da própria miséria; lavar a cabeça e as roupas na bacia de alumínio; mostrar que não tem banheiro: “a gente corre pra fazer no mato mesmo, minha gente! A maioria das pessoas daqui faz assim”.
Ney Lima esfrega a dura realidade na nossa cara e depois pega carona em carroça. Fala da vida dos outros e de si. Dos calotes dos vizinhos. Da cadela no cio. Ri da mãe e com a mãe. Não leva desaforo para casa. E a gente fica ali assistindo tentando entender como ele consegue tanta internet.
Via Varela Notícias/O Beltrano