Horário de verão é monitorado pelo governo, mas sua volta é descartado
O governo federal solicitou ao ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) um estudo sobre benefícios da retomada do horário de verão, que foi extinto em 2019 pelo presidente Jair Bolsonaro, caso o abastecimento de energia no país fique comprometido.
A medida se deve às dificuldades provocadas pela escassez hídrica que diminuiu o nível dos reservatórios que abastecem as usinas termelétricas do Brasil. As informações são do Correio Braziliense e do R7.
Alguns setores da economia pressionam para que o horário de verão volte e que, assim, seja possível economizar energia, mas por enquanto, o Executivo não cogita restabelecer a medida.
“A contribuição do horário de verão é limitada, tendo em vista que, nos últimos anos, houve mudanças no hábito de consumo de energia da população, deslocando o maior consumo diário de energia para o período diurno”, explicou o Ministério de Minas e Energia, em nota enviada ao jornal Folha de S. Paulo. O ministério informou que “não identificou que a aplicação do horário de verão traga benefícios para redução da demanda”.
A informação foi confirmada pelo ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque. Segundo ele, os estudos indicaram que “não há necessidade do retorno do horário de verão em 2021”.
Objetivo
O horário de verão, extinto em 2019, tinha como objetivo a redução de consumo de energia elétrica aproveitando melhor a luz natural com o adiantamento dos relógios em uma hora.
A medida reduzia a concentração de consumo entre 18h e 21h, quando era obtido um menor carregamento de energia nas linhas de transmissão, nas subestações, e nos sistemas de distribuição.
O horário de verão era adotado entre os meses de outubro e fevereiro em Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e no Distrito Federal.