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Em entrevista a Ana Maria Braga, Carlinhos Maia “O Rei do Instagram” faz reflexão sobre sua vida e carreira

Em entrevista a Ana Maria Braga, Carlinhos Maia “O Rei do Instagram” faz reflexão sobre sua vida e carreira
Foto: Reprodução Instagram

Carlinhos Maia, O Rei do Instagram, você com certeza já ouviu falar dele. Um dos influenciadores com a maior taxa de engajamento do Brasil, abre o coração sobre os percalços do caminho da fama. O lado doce e o lado amargo de ser um digital influencer e da sua relação e evolução dentro da comunidade LGBTQIA+.

 

Confira a entrevista na íntegra a seguir:

 

Hoje o perfil Carlinhos Maia of no Instagram tem 22,6 milhões de pessoas seguindo. Um número alto de pessoas que confiam nas suas indicações, que gostam da sua personalidade e do seu humor. Você sonhava com isso? 

Carlinhos Maia: Eu sonhava com qualquer coisa que me desse um futuro digno. Eu estava deixando a vida me levar. Antes de ser da internet eu era radialista, locutor, fotógrafo, eu era qualquer coisa, mas sempre pensando num futuro melhor.

Viver de influência é sonho de muitos. Como diz o ditado “Nunca foi sorte, sempre foi…” O que você acredita ser o seu diferencial? O que te levou tão longe?

Carlinhos Maia: A fé sozinha te aquece, mas é preciso um movimento para fazer as coisas acontecerem. Foi minha fé, junto com minha certeza, na minha vida não tem “será” ou “talvez”… São certezas. Pra mim é sempre “eu vou”, “eu consigo”. Parece papo de “coach“, mas é minha filosofia de vida desde que eu era criança.

Foto: Reprodução Instagram

Tanta exposição tem um peso. As pessoas estão cada vez mais propensas a apontar erros de pessoas públicas e até dos seus ídolos. Há pouco começaram a falar de saúde mental e efeitos do “cancelamento”. Como é para você lidar com críticas “construtivas”, nem tão construtivas assim?

Carlinhos Maia: Cancelamento só funciona quando você consome algo. Eu passei por alguns, mas as pessoas não consumiam, não me conheciam, não iam a fundo. Se eu faço, vamos supor 361 dias de entretenimento, contando histórias e eu errei três vezes, essas três vezes sempre vão ser maiores que todos os outros dias. Eu parei de me importar com cancelamento, porque eu percebi que quem me cancelava não me consumia. Eu foco no meu público e “continuo a nadar”.

A fama é seu fraco, mas também seu forte. Ela gera matérias de fofoca com informações falsas, mas você tem o poder de desmenti-las, ou explicá-las para sua audiência. Você tem medo da responsabilidade que vem com esse poder? De, por exemplo, expor uma colunista que inventou uma notícia mentirosa e ela sofrer um ataque?

Carlinhos Maia: Eu adoro ser famoso, não vou ser hipócrita. Adoro as portas que se abrem. Fofoca já lidava antes, quando era lascado. Mas antes era na minha rua. Agora são fofoqueiras diplomadas. É só não dar muito ouvido. Se for algo grande, aí você desmente, mas se você fica desmentindo toda fofoca, você vira um fofoqueiro junto.

Você tem uma estátua em sua homenagem na sua cidade.  É nítida a relevância que você tem para o povo do Alagoas. Você inclusive optou por ter sua base aí. Mas seu alcance é nacional. Essa coisa do orgulho nordestino, que é muito antigo, foi revelado pro Brasil com a recente explosão da Juliette. Isso foi um alavancador da sua carreira, ou pelo contrário?

Carlinhos Maia: Sim. Inclusive estão refazendo a estátua. Primeiro que a primeira ficou horrorosa não parecia eu (risos). Depois teve uma briga política lá de um vereador que se incomodou. Agora vão recolocar. E se não recolocar não tem problema, meu maior triunfo são as pessoas que me acompanham, se divertem comigo e se inspiram na minha história. Quanto à Juliette, eu acho que foi importante pro Nordeste. Quanto mais pessoas nordestinas levando nosso carisma nossa inteligência, melhor. Alavanca todo mundo. Eu fico muito feliz, inclusive estava torcendo por ela.

Eu continuo morando onde sempre morei. Podia estar morando no Rio, em São Paulo. Eu continuo aqui, quero ser feliz e ganhar meu dinheiro, estar com os meus e pronto.

Foto: Reprodução Instagram

Você foi muito criticado pela comunidade LGBTQIA+ e chegaram a te acusar de ter autopreconceito. Algo semelhante aconteceu com Paulo Gustavo quando ele decidiu não colocar um beijo entre personagens do mesmo sexo no seu filme. Você se sentiu sozinho quando isso aconteceu? Hoje você se sente incluído nessa comunidade?

Carlinhos Maia: Hoje eu reconheço mais que nunca a importância da comunidade LGBTQIA+ mas também entendo que há falhas e boicotes dentro da própria comunidade. Não só comigo, mas com amigas trans. Existe um recalque quando um gay faz sucesso, mais do que o outro. Se ele é heteronormativo e todas essas questões.

Carlinhos Maia: Enquanto eu estava tentando aprender como lidar com minha orientação sexual, mais perdido do que querendo aparecer ou causar. Muitos deles [dos membros da comunidade] não entendem porque acham que todos já nascem desconstruídos, mas hoje me sinto feliz e mais aberto pra levantar a bandeira do meu jeito. Sem precisar estar soltando a mão de ninguém.

Muita gente tem você como ídolo, muitos comediantes inclusive, e desejam ser como você. Ainda tem espaço? Como você acredita que será o futuro da influência? Vamos ter faculdade de digital influencer? Influência e humor são coisas que se aprendem, na sua opinião?

Carlinhos Maia: Quanto às pessoas que se inspiram em mim: acho que a gente teve grande relevância de mostrar a vida real no Instagram. Antes era só luxo, ostentação falsa e a gente chegou e fez uma galera mostrar familiar, a casa de tijolo, sem reboco, mostrar a realidade e isso foi o mais importante dessa jornada. Se vai ter faculdade de digital influência eu não sei, mas acho bom.

A gente nem sabe direito o que tá fazendo, a gente só mostra nossa vida e foi. Espera sorrisos e os likes.

 

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Matéria reproduzida do site de Ana Maria Braga/anamariabraga.globo.com

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