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CRISE: Sem shows, famosa cantora de forró deve R$ 6 mil de aluguel e vende dindins e doces para ajudar renda; foto

CRISE: Sem shows, famosa cantora de forró deve R$ 6 mil de aluguel e vende dindins e doces para ajudar renda; foto
(Foto: Fernando Brito/G1

A pandemia do coronavírus parou o setor de eventos em março de 2020. Parte das bandas e solistas sofrem com a falta da renda de eventos. Em Fortaleza, a cantora de forró Iara Pamella é um dos nomes afetados. Em entrevista à coluna, ela revelou as dificuldades financeiras.

Ao todo, a forrozeira, que ficou conhecida nacionalmente por sua passagem pela banda Noda de Caju, deve R$6 mil de aluguéis atrasados, além de duas contas de energia. Para poder ter um mínimo de renda, a saída encontrada foi o comércio de bolos e dindins. 

“Estou me virando nos 30. Estou fazendo mini bolos trufados, trufas, ovos de páscoa e dindins. Vendendo em casa porque não podemos sair para vender. O pessoal vem, compra e os vizinhos também. Minhas contas estão todas atrasadas. Só de aluguel devo R$6 mil. A minha sorte é que Deus é maravilhoso e a dona da casa é muito compreensível”, explica Iara Pamella. 

Iara Pamella fazendo doces e dindins
Legenda: Cantora de forró ficou conhecida no Nordeste por passagem na banda Noda de Caju
Foto: Arquivo Pessoal

No ano passado, o governo estadual chegou a liberar alguns meses as apresentações musicais em locais públicos, mediante a realização de protocolos sanitários para evitar a proliferação da Covid-19. Iara Pamella conta que a renda da época só deu para aquele período.

“Quando voltei para trabalhar, no ano passado, em setembro, foi tudo reduzido para poder tocar. Até o cachê. Só tava dando para gente comer. Estou com dois papéis de luz atrasados. Está horrível”, revela a cantora. 

Renda de eventos

Antes da pandemia do coronavírus, Iara Pamella arrecadava em shows cerca de R$ 1,2 mil por apresentação em bares e casas noturnas de Fortaleza.  Por semana, ela, ao lado do companheiro de shows Anthony, realizava de três a sete shows. “Após pagar os salários dos músicos, que era mensal, dava para tirar para mim e meu parceiro de palco, uns R$ 2,5 mil livre para cada um”.

A saída para sobreviver em meio aos boletos foi a criação de receitas de bolos, trufas, dindins gourmet, salgados de forno e ovos de páscoa. Os itens são vendidos de R$ 2,50 a R$ 60.

“A arrecadação com os lanches é imprevisível. Não tenho entrega. Tem dia que vendo R$85. Tenho clientes certos. Faço muito bolo de encomenda. Tem dia que não vendo nada e tem dia que vendo R$ 5”.

Os fãs da cantora e demais interessados podem ajudar a forrozeira buscando os doces e salgados nas redes sociais dela. 

Fonte: Diário Vip

 

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