Com 20 contaminados por mutações do coronavírus, cidade de SP decreta lockdown
A variante de Manaus do coronavírus já circula na cidade de São Paulo, informou a prefeitura no sábado. A nova cepa foi identificada em um morador da capital que não esteve no Amazonas.
O paciente apresentou sintomas leves de síndrome gripal e não precisou de internação. Com 20 pacientes contaminados por duas variantes distintas do novo coronavírus, a Prefeitura de Araraquara, no interior de São Paulo, decretou lockdown, que entrará em vigor a partir desta segunda-feira e valerá por 15 dias
A Secretaria municipal da Saúde da cidade de SP alertou a população sobre a maior transmissibilidade dessa variante e recomendou a busca imediata do Serviço de Saúde do município em caso de qualquer sintoma da doença – tosse, febre, dor de cabeça, entre outros. A detecção do caso positivo ocorreu na sexta-feira. O exame foi realizado pelo Instituto de Medicina Tropical, da Universidade de São Paulo. A imunologista Ester Sabino, professora da Universidade de São Paulo (USP), diz ser possível que a variante comece a crescer de forma acelerada na cidade.
— São Paulo recebe a maioria dos voos de Manaus. Os casos da variante começaram em dezembro, então já estamos recebendo possíveis infectados há dois meses — disse Sabino, afirmando que a variante identificada em tem potencial para infectar pessoas que já tiveram a Covid-19.
Na capital paulista, até sexta, sete pacientes com suspeita de terem sido contaminados pela nova variante foram internados. Destes, dois morreram, quatro receberam alta e um segue internado. Até quinta-feira, havia nove casos confirmados da nova cepa no estado.
No Rio, foram identificadas falhas no atendimento a pacientes transferidos que poderiam comprometer o tratamento de outras pessoas internadas.
A Defensoria Pública do Rio e da União e o Ministério Público Estadual e o Federal realizaram vistorias e enviaram ofício ao Ministério da Saúde cobrando explicações. Até o momento, as autoridades não confirmaram se a nova variante foi constatada entre pacientes transferidos de Manaus para cá.
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