Caso Belo: Cantor Belo deixa a cadeia após defesa conseguir habeas corpus
O cantor Marcelo Pires Vieira, o Belo, deixou a cadeia de Benfica, naquele bairro na Zona Norte do Rio de Janeiro, por volta das 11h30 desta quinta-feira. Ele havia entrado na unidade na noite desta quarta, após ser preso durante uma operação da Delegacia de Combate às Drogas (Dcod). Belo é investigado por causa de um show que fez numa escola estadual no Parque União, no Complexo da Maré, também na Zona Norte, do dia 13 de fevereiro deste ano. Houve aglomeração no local.
O desembargador Milton Fernandes de Souza aceitou o pedido de habeas corpus feito pela defesa do cantor durante a madrugada desta quinta. O advogado Jefferson Carvalho, que defende o pagodeiro, não vê necessidade de o cantor prestar depoimento à Polícia Civil.
— Ontem mesmo apresentei a documentação pertinente em referência ao show. Acho que não há necessidade de ele ser ouvido pela polícia. Mas ele está à disposição da autoridade policial para isso — disse.
Contra Belo há uma acusação de violar decreto municipal que proibiu aglomerações no carnaval e contribuir para a disseminação do coronavírus. Além dele, outras três pessoas são investigadas pela realização do evento: Célio Caetano, sócio da produtora Série Gold, responsável pelo show; Henriques Marques, também sócio da produtora; e Jorge Luiz Moura Barbosa, o Alvarenga, chefe do tráfico no Parque União.
O show foi realizado numa escola estadual. Por isso, a polícia apura também a invasão ao prédio público. As salas do Ciep 326 — Professor César Pernetta, segundo os agentes, foram usadas como camarotes. A Secretaria estadual de Educação informou que não houve pedido de liberação do pátio e que não autorizou evento de qualquer natureza em suas unidades desde o início da pandemia.
De acordo com os investigadores, o cantor e os outros investigados responderão por infração de medida sanitária, crime de epidemia, invasão de prédio público e associação criminosa.