Bahia: Empresário do DF é acusado de agredir 4 pessoas em resort; vídeo
Um grupo de turistas teria sido agredido no resort Vila Galés Mares, em Camaçari, Bahia, no último sábado (27/2). Circulam, nas redes sociais, imagens e denúncias da psicóloga Valentina Baldino e do namorado Augusto Amorim, além do casal Bruno Braga Figlioli e Renato Hideki, com ferimentos e hematomas no rosto.
Eles teriam sido agredidos pelo empresário Leonardo Bruno de Oliveira Freitas Aguiar, dono de uma clínica veterinária no Distrito Federal. O caso foi registrado na 33ª Delegacia Territorial de Monte Gordo (BA) e o Metrópoles teve acesso ao boletim de ocorrência.
Em um vídeo publicado no Instagram, Valentina Baldino aparece com um hematoma no olho esquerdo, muito nervosa ao relatar a história. Ela conta que, no sábado, estava na área da piscina com o namorado e o casal de amigos, que conheceram no momento do check-in. A psicóloga e o namorado são de Santa Catarina e os amigos, de São Paulo.
De acordo com a psicóloga, Leonardo e alguns parentes estavam no local, “visivelmente alterados, sob efeito de bebidas alcóolicas, jogando drinks dentro da piscina”. Além disso, o filho do acusado, uma criança de 4 anos, teria jogado água em Valentina e nos amigos que a acompanhavam.
Incomodados, Valentina e os amigos teriam pedido que o grupo de Leonardo se afastasse. Ela afirma que, nesse momento, as outras pessoas começaram a empurrá-la com uma boia, dentro da piscina.
“O agressor, que tem o triplo de meu tamanho, veio em direção a mim, tirar satisfações comigo. Coloquei a mão na frente para impedir que ele se aproximasse de mim e acabou encostando no rosto dele. Foi aí que a esposa e a cunhada chegaram gritando, empurrando, alegando que eu tinha atingido um golpe no rosto daquele homem”, descreve Valentina, sobre o início da confusão.
Segundo a psicóloga, o namorado foi atingido por golpes de Leonardo. Ela narra que tentou impedir a situação, mas o agressor teria desferido dois socos contra o rosto dela. “Fiquei muito tonta, comecei a ver todo o sangue que estava na piscina e corri para fora para conseguir estancar o sangramento, mas era um buraco bem fundo”, recorda.
Veja a postagem com o relato de Valentina:
Nesse momento, Renato Hideki, o amigo que Valentina conheceu no hotel, começou a chamar por um segurança do resort. Em entrevista ao Metrópoles, ele também afirma que, em nenhum momento, a gerência do local agiu para interromper o agressor.
Renato e Bruno também teriam sido agredidos por Leonardo. “Ele deu um pulo e começou a socar a minha cara, sendo que eu nem encostei nele. Quem conseguiu separar a briga foi o namorado da Valentina e um policial que estava de férias no local, porque não tinha nenhum segurança no hotel”, diz.
“Sempre trato todo mundo bem, tento tornar o mundo um lugar melhor. É uma sensação de impotência. Você se questiona até onde o ser humano pode chegar”, pondera.
Outro lado
A reportagem do Metrópoles tentou contato com o acusado, mas não obteve retorno até a publicação da matéria. Aos policiais, Leonardo disse que estava na piscina com sua família e o filho de 4 anos. Segundo o empresário, Valentina teria dito que “não gostava de crianças” e que iria agredir a mãe do garoto. Ele também afirma que a psicóloga o atingiu com um soco.
Na delegacia, o acusado assinou um termo circunstanciado de ocorrência e deve comparecer ao local, após agendamento, para audiência preliminar.
O Metrópoles procurou o resort Vila Galé Mares. A empresa informou por e-mail que, ao contrário do que a psicóloga afirmou no vídeo, os procedimentos foram aplicados e toda a assistência foi prestada no momento do ocorrido.
Veja:
“A administração do Hotel Vila Galé Marés confirma o incidente ocorrido na tarde de sábado entre um grupo de hóspedes. Informamos que os procedimentos cabíveis foram tomados imediatamente e que toda assistência foi (e está sendo) prestada junto aos envolvidos.
Sendo um caso absolutamente pontual, nossas chefias e seguranças foram até ao local e a polícia foi chamada.
Também foi disponibilizado transporte para que os envolvidos fossem levados rapidamente até a unidade de pronto atendimento mais próxima.
A Vila Galé não compactua com atos de violência e repudia qualquer manifestação desta natureza. Informamos ainda que o hotel está colaborando com a investigação em curso”.
Fonte: Metrópoles