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SANTA CATARINA: Após levarem golpe, empresários sequestram estelionatário de apostas esportivas

SANTA CATARINA: Após levarem golpe, empresários sequestram estelionatário de apostas esportivas
Foto: Reprodução

A vingança nunca é plena, mata a alma e envenena, já dizia um lendário personagem do seriado Chaves. Essa frase serve bem para ilustrar a história de dois empresários catarinenses, presos por sequestrarem um homem que lhes aplicou um golpe milionário.

Os dois empresários de Balneário Camboriú, do ramo de apostas esportivas, acabaram presos na terça-feira (8) após sequestrarem o estelionatário que lhes aplicou um golpe em um negócio de criptomoedas.

Os empresários foram surpreendentes até mesmo na escolha do local de cativeiro da vítima: uma cobertura de luxo alugada por R$ 10 mil no Centro da cidade.

​A polícia começou a investigar o caso após a família do golpista procurar as autoridades, informando seu desaparecimento e o envio de uma mensagem por celular, dias depois, com um endereço onde era seu cativeiro.

A polícia foi ao local e encontrou o homem de 22 anos em um quarto sem acesso às chaves do imóvel para poder sair e também sem celular. Quem abriu a porta para receber o zelador foi um segurança, apontado pela polícia como responsável por cuidar do cativeiro. Ao questionar a suposta vítima sobre os motivos do sequestro, o caso veio à tona.

O golpe que levou ao sequestro

O delegado do caso conta que os empresários e sócios, de 35 e 41 anos, contrataram o golpista, que se diz trader esportivo, para fazer apostas em sites. A dupla começou fazendo investimentos na ordem de R$ 40 mil em criptomoedas e, conforme viu os rendimentos, decidiu aumentar o capital, chegando a apostas de aproximadamente R$ 400 mil. Com mais dinheiro entrando, decidiram fazer até um empréstimo e foi aí que o problema começou.

Eles chegaram a investir aproximadamente R$ 2 milhões em criptomoedas. No início teve retorno financeiro, o que fez com que se empolgassem com as apostas e investissem cada vez mais. Chegou ao ponto de um deles pegar um empréstimo de seis Bitcoins, o que equivale a cerca de R$ 1,1 milhão. Esse empréstimo foi feito lá no Canadá e transferido direto para a conta do estelionatário e ele simplesmente sumiu com essas moedas. Não comprovou que fez as apostas, falou que iria devolver, mas sempre inventava mentiras e não devolvia — detalhou o delegado.

Com o objetivo de reaver o prejuízo veio o sequestro e a extorsão. Segundo o golpista, ele foi levado para o cativeiro no dia 29 de maio e só tinha acesso aos telefones quando fazia contato com a família para pedir dinheiro e devolver aos empresários. Durante os três dias de sequestro, o irmão do estelionatário fez cinco transferências, totalizando cerca de R$ 50 mil, para a conta dos empresários. Num momento de descuido do segurança que ele conseguiu avisar a família sobre o endereço em que estava.

O dinheiro sumiu

De acordo com a polícia, não há indicativos de que o golpista aplicou os Bitcoin em novas apostas e como se trata de moeda digital, é difícil localizar o paradeiro do valor. A suspeita é de que parte dessa quantia seria usada na compra de Porsche Macan, avaliado em quase meio milhão de reais, que o estelionatário estava negociando a compra.

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Fonte: Diário Online

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