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SANTA CATARINA: Quem eram a professora e a agente educacional mortas em ataque a creche em

SANTA CATARINA: Quem eram a professora e a agente educacional mortas em ataque a creche em
Foto: Reprodução Redes Sociais

Um adolescente de 18 anos, identificado como Fabiano Kipper Mai, invadiu uma creche na manhã da terça-feira (4) e matou ao menos cinco pessoas na cidade de Saudades em Santa Catarina.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Estado de Santa Catarina, o homem estava armado com um facão e atingiu alunos e professores. Duas professoras, Keli Adriane Aniecevski, de 30 anos, e Mirla Amanda Renner Costa, de 20 anos, e três crianças morreram.

Entre as crianças mortas, estavam duas meninas. Uma de 1 ano e 7 meses e outra de 1 ano e 8 meses. A outra vítima é um menino de 1 ano e 9 meses.

Além disso, uma criança de 1 ano e 8 meses passou por uma cirurgia e permanece internada numa Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

A informação da morte da professora Keli Adriane Aniecevski foi confirmada por familiares de Keli e pela secretária de Educação de Saudade, Gisela Herman. 

Ao jornal NSC, a prima da educadora, Cristiane Aniecevski Krindges, contou que ela trabalhava na unidade há cerca de 10 anos.

“Era uma pessoa muito querida. Nós estamos em choque com o que aconteceu. Disseram para nós que ela tentou defender as crianças”, contou a prima.

Segundo o jornal, Keli morava com os pais na cidade e tinha um irmão mais novo, que mora em São Miguel do Oeste, município vizinho a Saudades. Aos saberem da notícia, os pais da professora foram levados ao hospital da cidade.

20 anos de idade completados em janeiro deste ano

Já Mirla Renner trabalhava como agente educacional na creche. Ela completou 20 anos em janeiro deste ano. Ela chegou a ser encaminhada a um hospital, mas não resistiu.

Mirla era aluna da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc). A instituição decretou luto de três dias por causa da morte dela. Ela estava na quarta fase de engenharia química e estudava no campus de Pinhalzinho, cidade vizinha a Saudades.

Professoras lutaram para salvar as vidas das crianças

Uma das pessoas que ajudou a socorrer os feridos foi a também professora Aline Biazebetti. Ela contou os momentos de horror e tristeza que presenciou durante o ataque.

À NSC TV, afiliada da TV Globo na região, a professora que trabalha no turno da tarde disse que, como mora em frente à unidade, foi até o local para ajudar.

“Elas fizeram o que elas puderam para conseguir salvar essas crianças”, disse Aline, referindo-se às professoras que trabalhavam no momento do ataque.

Segundo o relato de uma amiga professora, Aline contou que as funcionárias esconderam as crianças do jovem que cometeu o atentado.

“Elas viram que estava acontecendo alguma coisa, conseguiram levar todos [alunos] para o fraldário e botar debaixo do mármore e uma ‘profe’ conseguiu segurar a porta, ele tentou abrir, mas daí no fim ele [agressor] acabou desistindo. Elas começaram a fechar as janelas para tentar se proteger”, disse.

“Escutei gritos de pedido de socorro”

De acordo com Aline, ela ouviu pedidos de ajuda e correu para o local. Só então, notou que havia alguma coisa de muito grave acontecendo.

“Eu estava dentro de casa, escutei gritos de pedidos de socorro. Eram muito fortes. Então eu saí e aí eu vi as meninas, minhas colegas pedindo socorro, para ligar para a polícia. Eu consegui ligar para a polícia, mas quase não pude falar nada, só pedi socorro”, relatou.

Aline conseguiu ajudar uma das crianças. De acordo com o relato, ela levou um dos feridos para o hospital, mas ela lamentou ter “perdido colegas”.

“As meninas começaram a trazer os feridos para fora e eu consegui levar um menino pro hospital, mas ele estava bem ferido. É muita tristeza. Não tenho nem palavras porque eu perdi colegas”, lamentou.

Responsável por chacina em SC: era “problemático e sofria bullying”

Responsável pela investigação da chacina de Saudades, o delegado Jerônimo Maçal Ferreira traçou um perfil do jovem responsável pelas cinco mortes da manhã da última terça-feira. De acordo com o agente, o adolescente de 18 anos é “problemático” e sofria bullying na infância.

“Um rapaz problemático, sofria bullying na escola, era muito introspectivo e quase não tinha amigos”, declarou. “Era um rapaz ‘quietão’, não se abria com ninguém, não tinha namorada, não tinha celular, os poucos amigos que tinha já haviam se afastado nos últimos dias.”

Fabiano tentou suicídio

Após os assassinatos, o criminoso deu facadas contra o próprio pescoço, abdome e tórax. Ele foi socorrido e encaminhado, em estado gravíssimo, para um hospital da região.

Fabiano foi submetido a cirurgia e segue lutando pela vida. Por isso, a polícia ainda não conseguiu colher seu depoimento.

“Ainda não consegui (interrogá-lo) porque ele está sendo submetido a uma cirurgia. Quero ver o que ele vai contar para juntarmos com peças de investigação com a versão dele para tentar entender a motivação desse crime”, explicou Jerônimo.

Como foi a chacina

As investigações policiais apontam que o criminoso chegou à Escola Municipal Infantil Pró-Infância Aquarela, de bicicleta, por volta das 10h. Ele atingiu duas professoras e alguns alunos usando a arma branca.

Segundo testemunhas, o homem entrou na sala de aula e começou a dar golpes nos estudantes e professoras. As vítimas gritaram por socorro, quando pessoas que estavam passando na rua entraram na escola e detiveram o criminoso.

Em entrevista à TV Globo, uma professora que não estava na escola no momento do ataque, mas ajudou a socorrer as vítimas, afirmou que outros professores trancaram as salas para evitar que o criminoso encontrasse outras crianças.

Ainda segundo o depoimento à polícia de pessoas que presenciaram a agressão, o jovem disse ter sofrido bullying, mas que não tinha estudado na creche. A escola atende crianças de 6 meses a 2 anos de idade.

Uma professora e duas crianças morreram antes mesmo de serem socorridas.

Segundo a polícia, o agressor não tem antecedentes criminais e já tinha sido imobilizado quando os agentes chegaram para atender a ocorrência.

Fonte: Yahoo

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