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ALERTA: Foguete chinês pode cair no Brasil; saiba quais são as chances

ALERTA: Foguete chinês pode cair no Brasil; saiba quais são as chances
Foto: The Aerospace Corporation

A reentrada do foguete chinês CZ-5B tem 1,86% de chances de ocorrer sobre o Brasil. O cálculo foi feito pela BRAMON a partir da última previsão de reentrada divulgada nesta quarta-feira (5). Segundo os cálculos de Joseph Remis, o foguete deve reentrar por volta das 02h17 deste domingo (9). Mas como a previsão é feita com muita antecedência, tem uma margem de erro de mais ou menos 21 horas e, dentro dessa margem, o objeto faz 9 passagens sobre o Brasil.

Vale a pena reforçar que durante o processo de reentrada, grande parte do foguete deve ser consumido pela atmosfera, restando apenas algumas partes mais resistentes e menores, que caem em velocidade bastante reduzida. A chance de que caiam em área habitada e possam causar algum tipo de dano em solo é muito pequena, embora não possa ser desprezada.

Conheça o foguete chinês CZ-5B

O primeiro estágio do Longa Marcha 5B foi utilizado para colocar em órbita o primeiro módulo da estação espacial chinesa Tiangong, na semana passada. 

Após cumprir sua missão, a peça foi descartada em uma órbita elíptica ao redor de nosso planeta, que a coloca a 375 km de altitude no ponto mais distante e 170 km no ponto mais próximo.

Mas o atrito com a atmosfera no ponto mais baixo desta trajetória faz com que ela perca energia e se aproxime cada vez mais, até o momento em que irá executar uma reentrada descontrolada.

Objetos de pequeno porte reentrando a atmosfera geralmente são incinerados pelo calor gerado com o atrito, mas o primeiro estágio do Longa Marcha 5B não pode ser considerado “pequeno”: ele tem 33 metros de comprimento e 5 metros de diâmetro, pesando 21 toneladas. Isso significa que uma parte considerável pode atingir “algum lugar” da Terra.

Segundo o site SpaceNews, esta será uma das maiores reentradas descontroladas de uma espaçonave, e os destroços têm o potencial de atingir uma área habitada.

A inclinação orbital de 41,5 graus significa que o primeiro estágio passa um pouco mais ao norte de Nova York, Madri e Beijing, e mais ao sul da região sul do Chile e de Wellington, na Nova Zelândia.

A reentrada pode ocorrer em qualquer local nesta área, que inclui também o Brasil. Mas se algo atingir o solo, em qualquer parte do mundo, não será o primeiro estágio inteiro. Isso porque uma grande parte do material do foguete é completamente vaporizado na reentrada. Geralmente, sobram apenas os tanques de combustível que recebem uma proteção térmica.

Considerando que 70% da superfície de nosso planeta é coberta por oceanos, é provável que o primeiro estágio do Longa Marcha 5B atinja um deles. Mas a possibilidade de que ele atinja terra firme, ou uma região habitada, ainda existe: em 1979, um erro de cálculo fez com que pedaços da primeira estação espacial norte-americana, a Skylab, atingissem o oeste da Austrália.

No início de março parte do foguete francês Ariane 44L, que decolou em 1992, reentrou nossa atmosfera sobre o norte do Brasil, gerando uma bola de fogo que foi vista nos céus do Ceará e do Pará, mais especificamente na região da capital, Belém. Não há registro de pedaços chegando ao solo. 

A China pretende concluir a construção da estação espacial Tiangong até 2022. Para isso serão necessárias mais 10 missões: duas para o lançamento de módulos adicionais, quatro missões tripuladas e quatro missões de carga. 

Fonte: Olhar Digital/Marcelo Zurita com Rafael Rigues

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