URGENTE! Bolsa Família pode estar envolvido em crime eleitoral e beneficiados viram alvo
A equipe social do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sempre deixou claro que faria um pente-fino no Bolsa Família. Em março, por exemplo, foram pelo menos 1,5 milhões de cadastros excluídos do programa social.
O processo de averiguação cadastral tomou ainda mais importância depois do início das investigações sobre crime eleitoral cometido no último governo.
Em entrevista ao portal CNN Brasil, o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, informou que cadastros no Bolsa Família feitos e aceitos às vésperas das eleições de 2022 estão no alvo do pente-fino. Ele explica que são duas razões principais para a averiguação cadastral desse público.
A primeira prevê dar mais eficiência ao programa, beneficiando aqueles que realmente têm direito de receber a ajuda financeira todos os meses.
Ao excluir os irregulares, as famílias que aguardam na fila de espera serão finalmente contempladas. E o segundo diz respeito as investigações sobre um suposto crime eleitoral cometido pelo governo de Jair Bolsonaro (PL).
Tudo porque, além do número de inscritos no Bolsa Família, até então chamado de Auxílio Brasil, ter subido consideravelmente, o de famílias compostas por uma única pessoa foi o principal beneficiado. Dados mostram que mais de 4 milhões de famílias com essa composição são beneficiadas pelo programa social.
A suspeita é de que um único grupo familiar tenha se desmembrado para que mais de uma pessoa da mesma família recebesse o Auxílio Brasil. Por exemplo, mãe e filha maior de 16 anos, estariam recebendo com a justificativa de que moram em endereços diferentes, mas na verdade dividiam a mesma casa.
Beneficiados do Bolsa Família ficam na mira do pente-fino
A relação dessas fraudes com o governo Bolsonaro ainda estão sendo investigadas. Ao que tudo indica, havia a promessa de que mais famílias fossem inclusas no Bolsa Família desde que essas votassem no ex-presidente para que ele conseguisse ser reeleito.
Outro ponto importante foi a observação de que os sistemas de análise do Cadastro Único falharam nas vésperas das eleições, e acabaram incluindo nos programas sociais quem sequer preenchia aos requisitos.
Além do Bolsa Família, os contemplados pela Tarifa Social e BPC (Benefício de Prestação Continuada) também passam por averiguação.
Wellington Dias informou que o ministério do Desenvolvimento Social trabalha em conjunto com a Advocacia-geral da União. Todas as informações coletadas durante o pente-fino serão usadas para as investigações sobre o suposto crime eleitoral cometido no último ano.
“O que se quer verificar é se houve troca de cartão do Auxílio Brasil por voto”, disse Wellington Dias.
Os suspeitos terão seu Bolsa Família bloqueado, e poderão procurar o CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) para reaver seu auxílio. Para isso deverão apresentar documentos que comprovem sua renda de até R$ 218 por pessoa da família.
Via FDR